Com certeza o futuro breve vai trazer uma onda de plataformas e agentes de inteligência artificial criados para facilitar/auxiliar o nosso cotidiano. Uma amostra já popular desses agentes são aqueles acionados por comandos de voz dos smartphones. Em breve poderemos pedir algo mais complexo como “encontre a passagem aérea para Paris mais barata e efetue a compra em meu nome”.
A Smarters é uma startup brasileira tem como propósito apresentar a você as melhores oportunidades de promoções, dicas de eventos, passeios, shows etc. Antes de entregar as dicas adequadas para cada pessoa, a plataforma faz uma pesquisa nos dados públicos do seu Facebook para identificar melhor o seu perfil.
Por enquanto a plataforma é acessada a partir de uma interface web responsiva. Em breve eles prometem um app próprio para iOS e Android. Apesar da falta do app, a interface web é perfeitamente adaptada para smartphones. Toda comunicação na plataforma se dá através de conversas de texto com o seu agente de inteligência virtual. Você diz o que está procurando e ele faz a pesquisa e entrega os resultados de acordo com o seu perfil.
Fato é que os agentes de voz dos celulares procuram atender a demanda semelhante, mas o Smarters promete colher mais dados e acumular informações suas para entregar oportunidades realmente relevantes.
Reconhecido internacionalmente como um evento que aponta convergências tecnológicas, artísticas e criativas, o SXSW também tem a versão Education, na qual o foco das ações é avaliar iniciativas digitais para a aprendizagem – e servir como uma plataforma de divulgação das mesmas.
Todo ano a categoria recebe vários inscritos do mundo inteiro para a premiação no SXSW Education (SXSWedu). São várias startups oferecendo ferramentas acessíveis e com potencial inovador para a educação. Cada concorrente terá uma chance de apresentar seu projeto para os juízes da competição e também para o público do evento. O prêmio para os ganhadores, entre outras coisas, é um mentoring com os principais nomes da área.
Para quem está estudando inglês e quer melhorar a pronúncia, o app Elsa promete ser uma forma rápida e eficaz de aprendizagem. Eu experimentei, lembra um pouco o Duolingo, mas os exercícios, até onde fiz, são todos de fala. Você reproduz frases e palavras e recebe dicas de como melhorar sua pronúncia. É bem fácil de usar, mas quem tem um conhecimento mais avançado da língua pode achar repetitivo. Até o momento só existe a versão para Android. A versão para iPhone está prevista para fevereiro deste ano.
Com o slogan “insiders helping you”, o Admit.me é uma rede de colaboração gratuita para quem quer entrar nas melhores faculdades internacionais, inclusive as americanas, como Harvard, Stanford, MIT. O funcionamento é simples: você faz o seu perfil e pode tirar dúvidas com alunos que já passaram pelo processo seletivo, com professores e profissionais que podem te dar suporte para a sua application. Parece uma mão na roda para quem sonha em estudar fora. Ainda está na versão beta, mas parece interessante. Para quem já usa o Quora, a ideia é quase a mesma.
ALCHEMIE – Brinque com química orgânica
A ideia da startup é desenvolver jogos que facilitem a compreensão da química orgânica, segundo pesquisas, essa matéria é responsável por 40% de reprovações, e é melhor compreendida de um jeito mais criativo.
Quem gosta do Quora e tem uma veia de Exatas forte e pulsando, vai gostar da plataforma gratuita e aberta Expii. Você pode cadastrar perguntas ou respostas sobre Ciências e Matemática, um crowdsourcing de aprendizagem de biologia, astronomia, cálculo, álgebra, entre outros. Cada pessoa pode contribuir com a mesma resposta, pois, segundo a startup, existem várias maneiras de se chegar a uma solução. Não existe um único jeito “certo”.
Imagine participar de um clube restrito com empresários e líderes das principais empresas americanas? Paragon One é um site de coaching/mentoring de carreira para profissionais e estudantes em busca do sonho americano, e os convites são por indicação.
Um professor substituto a distância de um clique, esta é a proposta da startup. As pesquisas apontam que cerca de 5% das aulas do ano letivo americano são ministradas por professores substitutos. Tanto professores quanto as escolas podem acessar e cadastrar os perfis. A escola pode substituir aulas tradicionais por palestras e workshops com músicos e cientistas, ou procurar substitutos para as disciplinas tradicionais. Os professores e outros profissionais podem cadastrar seus currículos e habilidades diferenciadas, como ioga com poesia, e análise textual com aulas de violoncelo.
Com metodologias que, apesar de ainda pouco usadas, já existem e são aplicadas a algum tempo pelo Media Lab do MIT, Harvard, várias faculdades europeias e chancelada pela ONU. A Territorium mescla Problem e Project Based Learning, Learning by Doing e outras tendências criativas.
Na lista ainda tem a Wordsliive, que trabalha com a alfabetização e domínio da língua inglesa usando multiplataformas, como músicas, códigos e linguagem de programação, social media e mensagens de texto. Eles desenvolveram um algorítimo chamado CGI (Contemporary Grammar Integration) e já são figurinhas conhecidas pelos TEDx da vida.
O desenvolvimento da tecnologia da informação expandiu o acesso ao conhecimento e permitiu às corporações perceberem que o que diferenciava os clientes uns dos outros eram as suas preferências. Surgia aí o tradicional conceito da segmentação de mercado, sustentado pelo Marketing centrado no relacionamento com o cliente.
Hoje, a nova onda de tecnologia, propulsionada pelas ferramentas sociais, fez nascer o Novo Marketing. Nele, cada cliente é tratado como um único indivíduo em sua totalidade, dotado de corpo, mente, coração e alma. Seus interesses são únicos e não podem ser divididos em segmentos. Aliás, segmentação agora passa a ter menos relação com a tradicional categorização de clientes utilizando fatores estáticos e mais com a identificação de silos de comportamento. Somente vender e repetir a venda pro mesmo cliente não é mais suficiente. O grande trunfo é satisfazer os consumidores através de valores que os preencham em sua plenitude.
De marketing transacional, passando pelo emocional, chegamos ao marketing espiritual. Os consumidores estão se identificando com empresas, produtos e serviços que enderecem problemas da sociedade, e mais do que buscar o melhor produto ou serviço, eles estão à procura de marcas cuja missão, visão e valores façam seus olhos brilharem. Sai de cena a ditadura do TER para dar lugar ao SER, ao FAZER, ao COMPARTILHAR.
Pouco a pouco as empresas estão percebendo que responsabilidade social vai muito além de meia dúzia de práticas de sustentabilidade pregadas no mural do café: ela passou a fazer parte de seus core businesses, a ser parâmetro de engajamento. As marcas estão se humanizando e se tornando mais transparentes. Seus valores estão se tornando sua principal vantagem competitiva. Quem poderia prever que a Microsoft, por meio da Fundação Bill e Melinda Gates, aplicaria mais de US$ 30 bilhões em atividades humanitárias, especialmente contra doenças, em uma ação que pouco fala com a missão tradicional da empresa? Empresas em todo o mundo estão adotando a estrutura de Triple Bottom Line para avaliar suas performances ponderando fatores sociais, ambientais e financeiros, em detrimento do conceito tradicional de lucro, retorno sobre investimento e valor aos acionistas. O antigo conceito dos “Ps” de marketing agora ganhou uma nova roupagem: pessoas, planeta e profit.
Essa é a era do empoderamento do consumidor como indivíduo. Quando uma marca consegue que sua missão seja abraçada pelos consumidores, eles passam a deter o poder sobre ela. Sim, isso significa que as corporações não têm mais 100% de controle sobre suas próprias marcas. Em “Marketing 3.0”, Philip Kotler relembra a história da New Coke, lançada em 1985 e totalmente rejeitada pelos consumidores americanos. O motivo? Nada a ver com o sabor. A Coca-Cola sempre fez parte da cultura popular americana, e os consumidores sentiam uma ligação profunda com a marca. O lançamento enfraqueceu a marca e a mística em torno da fórmula secreta da bebida. Prova disso é que no Canadá, por exemplo, o lançamento foi bem aceito porque até então a Coca-Cola não tinha status de ícone naquele país. Quando uma marca traz transformação, os clientes a aceitarão como parte de suas rotinas. Isso é o Novo Marketing.
Sob o aspecto competitivo, a palavra de ordem é disrupção. A competição do passado baseava-se na capacidade de fabricar produtos e prestar serviços melhores ou mais baratos. Para defender-se, bastava melhorar a qualidade, produzir em larga escala para ganhar em preço, diversificar a cadeia de distribuição ou incrementar as ações de promoção. Hoje a competição é invisível e marginal. A maior ameaça são competidores que ainda não são nem classificados como competidores. As fronteiras entre as indústrias estão se esvaindo, e companhias de um setor estão aplicando seu expertise em outros e redefinindo as verticais em que sempre foram classificadas. Executivos de todo o mundo entrevistados pela IBM indicam que a convergência de indústrias é a tendência que mais deve impactar seus negócios nos próximos 3 a 5 anos. Nesse cenário, a empresa míope continuará enxergando os competidores tradicionais. A consagrada será capaz de enxergar muitos e muitos palmos à frente do nariz.
Vivemos o império da colaboração, onde a credibilidade é a moeda mais valiosa. Assistimos no passado à cultura do “Um para muitos”, passamos pelos relacionamentos “Um para um” e chegamos às relações de “Todos para todos”, em que o processo de criação e melhoria de produtos opera de maneira colaborativa entre usuários, clientes, empresa e comunidade. A nova onda tecnológica, impulsionada pela democratização da internet e seu acesso anytime anywhere, pelos aparatos tecnológicos móveis e pelo modelo open source facilita a expressão, a colaboração entre os indivíduos e a formação de comunidades com interesses em comum. A mesma tecnologia que inicialmente isolou os indivíduos hoje é o aglutinador das multidões. As pessoas estão usando o online para se encontrarem no off-line e decidir sobre a próxima grande estratégia das corporações.
A pesquisa realizada pela IBM mostrou que mais da metade dos executivos entrevistados em todo o mundo está buscando fontes de inovação externas à empresa para ter acesso a inovação. Estes visionários já entenderam que a descentralização na tomada de decisão é um caminho sem volta, e que a hierarquia tradicional não é apropriada quando o valor está justamente no ecossistema.
Na era digital, pano de fundo do Novo Marketing, qualquer indivíduo é uma mídia em potencial, e as redes sociais são os amplificadores desta orquestra de vozes. Instantaneamente, milhões de indivíduos comuns se transformam em milhões de repórteres, críticos, fotógrafos, especialistas em política, em gastronomia. Mais do que aguardar pelo conteúdo, o consumidor tornou-se produtor do conteúdo. E é por isso que as relações horizontais estão mais fortes, e que a confiança entre consumidores se tornou mais poderosa do que qualquer argumento de vendas por parte das empresas. Como bem cita Gil Giardelli em “Você é o que você compartilha”, os mercados são feitos de sussurros, as pessoas estão próximas, vender passou a ser uma conversa a dois em uma mesa.
Unindo o que há de melhor em Tecnologia e Interatividade, a Go2 é responsável por pensar e desenvolver novas maneiras de interação, novos meios em que possam ser expressadas as suas ideias e contadas suas historias.