Conversational Interface – Robôs, conversas e interações
Em 2013 a Wired publicou um artigo bem interessante sobre as interfaces de conversação
Na época estávamos lidando com as primeiras versões da Siri e a capacidade dos computadores de reconhecerem a linguagem “natural”. Nossos celulares passaram a reconhecer comandos como “Me lembre de ligar para minha mãe amanhã as 13horas”. O reconhecimento da linguagem natural nada mais é do que a capacidade de quebrar uma frase como essa em instruções.
O argumento principal a favor das tecnologias conversacionais era a diminuição da área útil das telas do desktop para o celular e a necessidade de novas formas de interação além da interface gráfica (GUI).
Ainda nos faltava uma inteligência artificial mais elaborada para chegarmos em verdadeiros assistentes pessoais, como a Siri já pretendia ser.
Mas ao que parece, 2016 pode ser declarado já como o ano dos bots (robôs).
Vivemos uma época de proliferação dos assistentes pessoais: Siri da Apple, Google Now da Google, Cortana da Microsoft, M do Facebook, Alexa do Amazon Echo, e o FIN apresentado neste artigo.
Muitos desses serviços misturam inteligência real e artificial.
Veja no próprio descritivo do Fin:
“Fin é um serviço premium disponível 24 horas por dia, alimentado por uma combinação de inteligência humana e artificial, que encontra respostas, envia mensagens e se lembra de tudo por você.
Você usa como a Siri, Echo ou Google Now… só que o Fin funciona mesmo”.
Acontece que interfaces conversacionais não se limitam hoje, e certamente não se limitarão no futuro, a assistentes pessoais:
O Slack, plataforma de mensagens para equipes, já inclui bots programáveis, que podem ser criados para automatizar tarefas de seu time.
Rumores apontam que o Facebook já possui planos para liberar o desenvolvimento de bots para o Facebook Messenger.O WeChat e o Line, populares na China e no Japão, respectivamente, também já permitem interação com marcas.
Por que baixar um aplicativo inteiro para cada empresa ou cada uso específico?
Dentro destas plataformas, que o usuário já utiliza no dia-a-dia, é possível enviar uma mensagem para as contas oficiais, ou chat bots, e fazer compras com um sistema próprio de pagamento conectado à plataforma, pedir um taxi, pagar contas etc.
O Quartz, portal de notícias, lançou no início do mês passado (11/2) um aplicativo para iOS que reinventa a forma como consumimos notícias. Nele os textos são um pouco menos formais e as histórias vão de desenrolando como conversas.
A tecnologia que viabiliza esse tipo de abordagem já está disponível e as empresas estão se dando conta das novas possibilidades que surgem desta nova forma de interação.
Estamos às vésperas de termos um HAL 9000, e o design de conversações é o futuro, mas não é algo que começa com uma página em branco.
Fonte: Medium.com