REVISÃO DE ESTRATÉGIAS PARA GESTÃO DE MARCAS
Podemos conferir a seguir algumas estratégias para “re-soluções” na gestão de marcas para este início de 2016. São conceitos comuns e já vistos diversas vezes, mas que valem a pena ser revisados:
Encontrar um propósito
Tudo começa por aqui. A maioria dos negócios nascem motivados pelo lucro. Guiados pela lei da oferta e demanda, muitos gestores ignoram o fato de que para que um negócio evolua, cresça e perdure é preciso entregar mais do que o produto/serviço. Não se engane, marca não é apenas aquele símbolo que está fixado em sua fachada ou impresso no cartão de visitas. Marca são os valores, sentimentos, ideias e afetos que seu negócio entrega. É a percepção que as pessoas tem dele. Pode até acontecer de maneira natural, empírica, mas se o objetivo é assumir as rédeas do processo, definir a identidade da marca e ser fiel a ela é algo imprescindível.
Fazer um detox comunicacional
Esse é decorrente da falta de identidade da marca e/ou de uma estratégia de comunicação bem definida. O fato é que muitas empresas depositam muita energia e dinheiro com ações de marketing e comunicação que não são coordenadas ou que não contribuem em nada para os objetivos da marca. Os esforços ficam, então, pulverizados em diversas iniciativas sem retorno que, ao invés de fortalecerem, deixam a marca banalizada e sem poder de fogo. Para sair dessa, basta fazer um teste simples: se não é possível mensurar o retorno de determinada ação, provavelmente não é um investimento, é um gasto. Corte já os excessos e comece a ganhar fôlego.
Fortalecer os laços afetivos
De modo bem simplista, uma marca nada mais é que uma intersecção entre as histórias que as pessoas tem da empresa e suas próprias histórias. E histórias não sobrevivem sem emoção. É estimulando a emoção que se consegue as melhores pessoas para trabalhar, bons parceiros e clientes mais fiéis. Porém, ninguém gosta de ser manipulado. Para que estes sentimentos sejam genuínos, é preciso que os valores da marca somados a códigos de conduta sejam compartilhados por seu público interno, criando-se uma cultura organizacional inspiradora. É assim, de dentro para fora, que a marca cria valor perante o grande público. Parafraseando a escritora portuguesa Augustina Bessa-Luís: “A cultura é o que identifica um povo com a sua finalidade”.
Arrumar a casa
Ninguém gosta de receber visitas sem que sua casa esteja organizada. Com as marcas não deveria ser diferente. Grande parte da percepção sobre uma marca é creditada à imagem que ela projeta publicamente. Infelizmente, muitas empresas padecem de um mesmo mal: a falta de padrão e/ou qualidade em sua comunicação e no seu design. Algumas fazem ainda pior: imitam, copiam e tornam-se versões despersonalizadas e mal-acabadas de suas próprias concorrentes. Por isso, nada de gambiarras ou medidas cosméticas. Estabelecer uma linguagem visual e verbal organizada, eficiente e criativa em todos os pontos de contato da marca é a base para torná-la mais atrativa e envolvente.